Acelerador de partículas LHC ativa colisões de íons de chumbo

O grande acelerador de partículas do Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern, na sigla em francês), o mais potente do mundo, provocou as primeiras colisões de íons de chumbo, despertando mais incógnitas sobre a origem do Universo. Segundo o organismo, os experimentos com as partículas pesadas começaram nesta segunda-feira (8), pois conseguiram condições estáveis no funcionamento do acelerador e nas colisões.

Monitor registra choque subatômico promovido pelo LHC nesta segunda-feira (8) (Foto: ATLAS Experiment / Cern divulgação)

O maior experimento científico do mundo consiste em colidir partículas no nível mais alto de energia já tentado, recriando as condições presentes no momento do Big Bang, que teria marcado o nascimento do universo, 13,7 bilhões de anos atrás.

O LHC, situado em um túnel subterrâneo circular de 27 quilômetros de extensão sob a fronteiro franco-suíça, começou a circular partículas em novembro de 2009 (depois de ser fechado em setembro de 2008 por causa de superaquecimento). Em 30 de março deste ano, o LHC promoveu as primeiras supercolisões de partículas 'de laboratório' da história.

'Nova fase'
Os experimentos com íons de chumbo abrem "uma nova fase na pesquisa do programa do acelerador para sondar a matéria, como acontecia nos primeiros instantes do Universo", logo depois do Big Bang, segundo o Cern.

Técnicos instalam componentes do Atlas, um dos detectores de partículas do LHC (Foto: Claudia Marcelloni / Cern 24-7-2009)

"Um dos principais objetivos desta nova fase é produzir quantidades ínfimas dessa matéria e estudar sua evolução para aquela que constitui o Universo atualmente", precisou o organismo.

"A rapidez na transição para as colisões de íons de chumbo representa um sintoma de maturidade do LHC", segundo o diretor geral do Cern, Rolf Heuer.

O LHC acelerará e chocará íons de chumbo até o dia 6 de dezembro, momento em que a máquina fará uma parada técnica para sua manutenção, antes de retomar as atividades em fevereiro de 2011.

Fonte:
http://g1.globo.com

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