WMAP termina mapeamento do Universo primitivo

Fundo cósmico de micro-ondas

Depois de nove anos varrendo o céu continuamente, a sonda espacial WMAP (Wilkinson Microwave Anisotropy Probe) concluiu as suas observações da radiação cósmica de fundo, a luz mais antiga do Universo.

A missão não apenas forneceu a melhor imagem desse brilho primordial, como também estabeleceu o modelo científico que descreve a história e a estrutura do Universo.

Esta imagem representa o brilho do Universo primitivo, criado a partir de sete anos de dados da sonda WMAP. A imagem revela flutuações de temperatura (mostradas como diferenças de cor) que correspondem às "sementes" que cresceram para se tornar as galáxias.[Imagem: NASA]

"A WMAP abriu uma janela para o universo primordial que mal podíamos imaginar uma geração atrás," disse o chefe da missão, Gary Hinshaw, astrofísico do Centro de Voos Espaciais Goddard, da NASA. "A equipe continua ocupada analisando o conjunto completo de nove anos de dados, que a comunidade científica aguarda com expectativa."

A sonda WMAP foi projetada para proporcionar uma visão mais detalhada sobre as diferenças sutis de temperatura na radiação cósmica de fundo, que foi detectada pela primeira vez em 1992, pela sonda COBE (Cosmic Background Explorer).

A coleta de dados científicos terminou em 20 de agosto. Em 08 de setembro, a sonda disparou seus propulsores, deixou a sua órbita de trabalho, e entrou em uma "órbita de estacionamento" permanente em torno do Sol.

Lançada originalmente como o nome de MAP, em 30 de junho de 2001, a sonda foi mais tarde renomeada - ganhando o W - para homenagear David T. Wilkinson, um cosmólogo da Universidade de Princeton e membro da equipe que a projetou, e que morreu em setembro de 2002.

Universo primordial

A WMAP detectou sinais que se acredita serem os resquícios do brilho do Universo nascente, um padrão congelado quando o cosmos tinha apenas 380.000 anos de idade.

WMAP termina mapeamento radiação cósmica de fundo
Ao fim de sua missão, a sonda WMAP deixou a sua órbita de trabalho e entrou em uma "órbita de estacionamento" permanente em torno do Sol. [Imagem: NASA]

Como o universo se expandiu ao longo dos 13 bilhões de anos seguintes, essa luz perdeu energia, esticando-se em comprimentos de onda cada vez maiores. Hoje, ela é detectável na faixa das micro-ondas.

Foi também a WMAP que mostrou que a matéria comum representa apenas 4,6 por cento do Universo atual. A maior parte do Universo consiste de duas entidades que os cientistas ainda não compreendem.

A matéria escura, que compõe 23 por cento do Universo, é um material que ainda não foi detectado em laboratório.

A energia escura é uma entidade gravitacionalmente repulsiva que pode ser uma característica do próprio vácuo. A WMAP confirmou a sua existência e determinou que ela preenche 72 por cento do cosmos.

Fonte:
http://www.inovacaotecnologica.com.br

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