Igrejas querem retomar cultos apenas para faturar

Temos acompanhado noticias sobre a pressão de algumas igrejas pedindo que o culto religioso seja incluído nas listas de atividades essenciais, alegando que a prática tratá-se de um direito inalienável de todos nós.

O culto não deveria ser tratado como atividade essencial nem em condições normais de convívio, quem dirá em momentos em que o isolamento social se faz tão necessário. Na minha opinião, a prática torpe de amontoar pessoas para idolatrar ilusões é tão necessário e útil quanto aplaudir o pôr-do-sol.


Acontece que, para a maioria das instituições religiosas cristãs do Brasil, a prática de reunir pessoas e extrair seus bens em forma de dízimos e ofertas é o que sustenta seu funcionamento e, consequentemente, os luxos e extravagâncias de seus lideres. Quando determinada a interrupção destas atividades, parte das instituições veem seu faturamento cair de forma que é preciso se reinventar para continuar enganando o povo.

Alguns até tentaram com lives e "drive thru de bençãos", mas como ameaçar o povo com o sofrimento eterno de forma não presencial é menos efetivo, o líder religioso, ganancioso, não pensa duas vezes em colocar a vida dos fieis em risco. Alguns até ameaçaram a família de um prefeito para obrigá-lo a reconsiderar a abertura das igrejas evangélicas.

Pressionado, o prefeito de Porto Alegre (RS), Nelson Marchezan Junior, chegou a mesma conclusão que descrevi acima. Ele declarou que a igreja só pleiteia a reabertura das igrejas porque deseja faturar. A reza não é o foco, o que não é segredo para ninguém.

Segundo o prefeito, “Uma estrutura de comunicação liderada por igrejas tem feito isso de forma absolutamente sem pudor, sem moral, e sem nenhum princípio de religião que pudesse orientar a população a se ‘religar’ com algo espiritual. Eu registro isso porque, neste momento, ter que me preocupar com isso, buscar ações judiciais para proteger minha família e meu nome, é uma preocupação inadequada e injusta, por um motivo torpe, que é reunir pessoas para faturar, só pode ser essa a explicação”, declarou.

Aparentemente, a pressão surtiu efeito.



Recentemente, o prefeito flexibilizou o isolamento e retomou algumas atividades, dentre elas o culto religioso. Atitude essa que dá motivos para acreditarmos que a influência das igrejas evangélicas está radicada na politica. Com poder suficiente para decidir se o povo caminhará ou não para a morte.

As igrejas não ligam para os fieis. Só ligam para o dízimo. Isso ficou muito claro na pandemia. 

Você concorda com a retomada dessa atividade nesse momento? Discorda da retomada em qualquer momento? Deixe sua opinião nos comentários.

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